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Ao Senhor pertence a salvação. Jonas 2:9  

BBC Brasil - Primeira página

domingo, 16 de agosto de 2015

As 5 Solas

Índice dos Assuntos Abordados

Uma Breve Introdução da Reforma Protestante
Filosofias Religiosas do Período
Confissão de Augsburgo, 25 de Julho de 1530
Confissão de Fé de Westminster (1643-1649)
AS 5 Solas – Um Breve Resumo dos 5 Pilares da Fé Reformada

Objetivo

Fazer um breve resumo do surgimento das 5 solas, bem como uma introdução a Reforma Protestante, visando uma melhor compreensão do termo Teologia Reforma. Quebrando o paradigma imposto a “Teologia Calvinista”

Uma Breve Introdução da Reforma Protestante

A Igreja Católica Apostólica Romana representava e defendia o estado feudal, alto e baixo clero, neste período a Igreja pode considerar a igreja como uma empresa multinacional com sede em Roma. Quase um terço de todas as terras europeias pertencia à igreja Católica, porém está mesma igreja, condenava o lucro e os juros cobrados pelos burgueses (Pecado da Usura), vendia cargos eclesiásticos (Pecado da Simonia). Praticava a venda de Indulgências para a construção da Basílica de São Pedro.

SIMONIA – É o ato de comprar ou vender bens espirituais, coisas que deles dependem ou que estão a eles ligadas; por alusão ao personagem bíblico Simão, o Mago, que quis comprar aos apóstolos o dom do milagre.

PECADO DA USURA - Especulação ilícita que consiste em cobrar juros, comissões ou descontos sobre empréstimos de dinheiro, por taxas acima das estabelecidas pela lei.

ALTO CLERO – Todos aqueles vindo da família da nobreza, reunindo bispos, abades e cônegos. A base da riqueza do alto clero resultado do recebimento de dízimos e da renda de imóveis urbanos e rurais.

BAIXO CLERO – Era composto por sacerdotes pobres, que constituíam uma plebe eclesiástica, um conjunto de cidadãos romanos que não pertenciam ao senado. A classe mais baixa da sociedade; povão, massa, populacho, os ralés.

Obs.: Em resumo a Igreja Católica Apostólica Romana, dominando todas as esferas da sociedade, controlava e manipulava os homens, visando o beneficio próprio.

Filosofias Religiosas do Período:

Martinho Lutero era monge agostiniano, padre e professor da Universidade de Wittemberg. Na Saxônia ele expulsa o bispo vendedor de indulgências e, envia 95 Teses para o arcebispo da Região, criticando a Igreja o comercio de indulgências. Por este motivo foi excomungado pelo papa, e convidado para ir a Roma e prestar esclarecimentos e se retratar, recusa-se a ir, mas enfrenta a reação do Alto Clero na Dieta de Worms. Foge e é protegido pelo Duque Frederico da Saxônia. Recluso, Lutero traduz a Bíblia para o alemão ganhando apoio dos nobres da Saxônia que se tornam luteranos e passam a apoiar a tomada das terras da Igreja.

Obs.: Os princípios Luteranos são baseados na obra da Confissão de Augsburg, de Melanchton. Onde defende a Salvação pela fé; Simplicidade do culto; Livre interpretação da Bíblia; Dois Sacramentos sendo eles Batismo e eucaristia; Consubstanciação; não celibato; e a submissão da mulher.

Confissão de Augsburgo, 25 de Julho de 1530 – Veja alguns exemplos.

ARTIGO 4: DA JUSTIFICAÇÃO

Ensina-se também que não podemos alcançar remissão do pecado e justiça diante de Deus por mérito, obra e satisfação nossos, porém que recebemos remissão do pecado e nos tornamos justos diante de Deus pela graça, por causa de Cristo, mediante a fé, quando cremos que Cristo padeceu por nós e que por sua causa os pecados nos são perdoados e nos são dadas justiça e vida eterna. Pois Deus quer considerar e atribuir essa fé como justiça diante de si, conforme diz São Paulo em Romanos 3 e 4.18.

ARTIGO 7: DA IGREJA

Ensina-se também que sempre haverá e permanecerá uma única santa igreja cristã, que é a congregação de todos os crentes, entre os quais o evangelho é pregado puramente e os santos sacramentos são administrados de acordo com o evangelho. Porque para a verdadeira unidade da igreja cristã é suficiente que o evangelho seja pregado unanimemente de acordo com a reta compreensão dele e os sacramentos sejam administrados em conformidade com
a palavra de Deus. E para a verdadeira unidade da igreja cristã não é necessário que em toda a parte se observem cerimônias uniformes instituídas pelos homens. É como diz Paulo em Efésios 4: “Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo.”

ARTIGO 18: DO LIVRE ARBÍTRIO

Quanto ao livre arbítrio se ensina que o homem tem até certo ponto livre arbítrio para viver exteriormente de maneira honesta e escolher entre aquelas coisas que a razão compreende. Todavia, sem a graça, o auxílio e a operação do Espírito Santo o homem é incapaz de ser agradável a Deus, temê-lo de coração, ou crer, ou expulsar do coração as más concupiscências inatas. Isso, ao 11 contrário, é feito pelo Espírito Santo, que é dado pela palavra de Deus. Pois Paulo diz em 1 Coríntios 2: “O homem natural nada entende do Espírito de Deus”.

João Calvino era teólogo luterano francês foi perseguido e fugiu para a Suíça, onde Zwinglio já pregara, escreveu o livro Instituição da Igreja Cristã - 1536, no qual afirmava que o ser humano estava predestinado de modo absoluto a merecer o Céu ou o Inferno (Genesis 3.3; Romanos 5.12; Romanos 6.23; Romanos 7.11); Explicava Calvino que, por culpa de Adão, todos os homens já nasciam pecadores (pecado original), mas, Deus havia elegido algumas pessoas para serem salvas, enquanto outras seriam condenadas à maldição eterna. Portanto, nada que os homens pudessem fazer em vida poderia alterar-lhes o destino, já previamente traçado. A fé, existente em algumas pessoas, poderia ser interpretada como um sinal de que elas pertenciam ao grupo dos eleitos por Deus à salvação; seus seguidores defendiam que a vida exemplar e o sucesso financeiro eram sinais da salvação. Essa ideologia foi muito bem aceita pela burguesia mercantil, na medida em que sua ganância pelo lucro era justificada pela ética religiosa. Identificando-se com a burguesia, o Calvinismo espalhou-se por diversas regiões da Europa, como França, Inglaterra, Escócia e Holanda - países onde se expandia o capitalismo comercial.

Confissão de Fé de Westminster (1643-1649) – Vejam alguns exemplos

CAPÍTULO XI DA JUSTIFICAÇÃO

I - Os que Deus chama eficazmente, também livremente justifica. Esta justificação não consiste em Deus infundir neles a justiça, mas em perdoar os seus pecados e em considerar e aceitar as suas pessoas como justas. Deus não os justifica em razão de qualquer coisa neles operada ou por eles feita, mas somente em consideração da obra de Cristo; não lhes imputando como justiça a própria fé, o ato de crer ou qualquer outro ato de obediência evangélica, mas imputando-lhes a obediência e a satisfação de Cristo, quando eles o recebem e se firmam nele pela fé, que não têm de si mesmos, mas que é dom de Deus. Ref. Rom. 8:30 e 3:24, 27-28; II Cor. 5:19, 21; Tito 3:5-7; Ef. 1:7; Jer. 23:6; João 1:12 e 6:44-45; At. 10:43-44; Fil. 1:20; Ef. 2:8.

CAPÍTULO XXV DA IGREJA

I - A Igreja Católica ou Universal, que é invisível, consta do número total dos eleitos que já foram, dos que agora são e dos que ainda serão reunidos em um só corpo sob Cristo, seu cabeça; ela é a esposa, o corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todas as coisas. Ref. Ef. 1: 10, 22-23; Col. 1: 18.
II - A Igreja Visível, que também é católica ou universal sob o Evangelho (não sendo restrita a uma nação, como antes sob a Lei) consta de todos aqueles que pelo mundo inteiro professam a verdadeira religião, juntamente com seus filhos; é o Reino do Senhor Jesus, a casa e família de Deus, fora da qual não há possibilidade ordinária de salvação. Ref. I Cor. 1:2, e 12:12-13,; Sal .2:8; I Cor. 7 :14; At. 2:39; Gen. 17:7; Rom. 9:16; Mat. 13:3 Col. 1:13; Ef. 2:19, e 3:15; Mat. 10:32-33; At. 2:47.

CAPÍTULO IX DO LIVRE ARBITRIO

I - Deus dotou a vontade do homem de tal liberdade, que ele nem é forçado para o bem ou para o mal, nem a isso é determinado por qualquer necessidade absoluta da sua natureza. Ref. Tiago 1:14; Deut. 30:19; João 5:40; Mat. 17:12; At.7:51; Tiago 4:7.
II - O homem, em seu estado de inocência, tinha a liberdade e o poder de querer e fazer aquilo que é bom e agradável a Deus, mas mudavelmente, de sorte que pudesse decair dessa liberdade e poder. Ref. Ec. 7:29; Col. 3: 10; Gen. 1:26 e 2:16-17 e 3:6.
III - O homem, caindo em um estado de pecado, perdeu totalmente todo o poder de vontade quanto a qualquer bem espiritual que acompanhe a salvação, de sorte que um homem natural, inteiramente adverso a esse bem e morto no pecado, é incapaz de, pelo seu pr6prio poder, converter-se ou mesmo preparar-se para isso. Ref. Rom. 5:6 e 8:7-8; João 15:5; Rom. 3:9-10, 12, 23; Ef.2:1, 5; Col. 2:13; João 6:44, 65; I Cor. 2:14; Tito 3:3-5.

AS 5 Solas – Um Breve Resumo dos 5 Pilares da Fé Reformada

Sola Scriptura

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” II Timóteo 3:16,17 Somente por meio das Escrituras - a revelação tanto da Pessoa quanto da vontade de Deus - o homem pode conhecê-Lo, ser salvo e habilitado para a boa obra do Senhor. Entretanto, cresce em nossos dias uma visão da irrelevância das Escrituras onde ela não é mais a autoridade final em questões espirituais entre o Homem e Deus, mas apenas uma dentre muitas fontes de autoridade a respeito de Deus e a prática cristã. Somente nas Escritura, e unicamente nela, aqueles que almejam serem usados pelo Senhor devem se apoiar. As Escrituras como Palavra de Deus (“Toda a Escritura é inspirada por Deus”) constituem-se como o único meio proveitoso (“e útil”) pelo qual analisamos se devemos crer em algo como sã doutrina (“para o ensino”) ou rejeitá-lo (“para a repreensão”).

Solus Christus

“Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo: a ele ouvi. Ouvindo-a os discípulos, caíram de bruços, tomados de grande medo. Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo: Erguei-vos, e não temais! Então eles, levantando os olhos a ninguém viram senão só a Jesus.” Mateus 17:5-8 Numa época onde muitos ídolos estão aparecendo no meio evangélico, numa época onde a atitude de muitos seria de montar uma tenda para Jesus e outras para os pastores e cantores famosos, temos aqui um direcionamento dado por Deus sobre quem devemos buscar ouvir e ver: Somente a Cristo. Somente em Cristo, e apenas nEle a satisfação de Deus está depositada. O Senhor disse: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”. Não há nada e nem ninguém fora de Cristo e nem além dEle que possa satisfazer a Deus. O Senhor se compraz em Seu filho, apenas. Unicamente por imputar a justiça de Cristo sobre seu povo que Deus se alegra em nós

Sola Gratia

“Então lhe disse Davi: Não temas, porque usarei de bondade para contigo, por amor de Jônatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai, e tu comerás pão sempre à minha mesa. Então se inclinou, e disse: Quem é teu servo, para teres olhado para um cão morto tal como eu?” 2 Samuel 9:7-8 Somente pela graça, e unicamente por ela, é que somos abençoados por Deus. A graça é o favor imerecido de Deus às suas criaturas. Tal como Davi favorecendo Mefibosete por amor a Jonatas, assim também nós somos alvos do favor de Deus por causa do amor de Deus Pai à Deus Filho. Assim como Mefibosete se viu indigno do favor do Rei “Quem é o teu servo, para teres olhado para um cão morto tal como eu?”, assim também nós devemos nos prostrar em face à maravilhosa graça do Senhor em nos estender o seu favor na pessoa de Cristo. Não temos o direito de estar diante de Deus, mas, unicamente pela Graça, temos o privilégio de estarmos na presença dEle. Somos como um cão morto diante de Deus, somente pela Sua infinita Graça é que somos aceitos diante dEle em Cristo.

Sola Fide

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” Efésios 2:8-9 Somente pela fé, e unicamente por ela, o pecador é salvo com base nos méritos eternos de Cristo. Sendo assim, a presente sola reafirma os três solas anteriores: a Escritura é o meio pelo qual Cristo é revelado, sendo este o alvo da fé, sendo que a fé é um presente concedido graciosamente por Deus “e isto (a fé) não vem de vós”. Somente pela fé na pessoa e obra de Cristo é meio pelo qual Deus declara o pecador injusto em justo. A necessidade de tal ato se dá por causa da nossa total inabilidade e capacidade para satisfazer a justiça de Deus. Porque somos pecadores, todas as nossas obras estão corrompidas pelo pecado e, portanto, são inúteis a Deus, ou como a própria Escritura trata (Isaías 64:6) , como algo podre:

Soli Deo Gloria

“Porque dele e por meio dele e para ele são todas as cousas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém” Romanos 11:36 Somente para Deus a glória, e unicamente para Ele. A Igreja existe para a demonstração deste valor: o valor que Ele tem. Não a respeito de nós, ou o que nós buscamos ter, mas sim exclusivamente a Ele, de modo que os hinos e cânticos girem em torno da pessoa e dos atributos de Deus. A mensagem não deve ser antropocêntrica (o homem como o centro) e sim Cristocentrica (Cristo como o centro). Somente para Deus a glória, e unicamente para Ele. Este o fim principal da nossa existência: a glória de Deus. Glorificar a Deus é tão somente reconhecer a atribuir a Ele todas as perfeições dEle. Somente na pessoa dEle termos o nosso gozo. Somente para Deus a glória, e unicamente para Ele, sendo Ele a fonte (Porque dele) o mantenedor (por meio dele), e o alvo (para ele são todas as coisas) de tudo isso. Sendo assim, a vida dentro e fora da igreja vem dEle. Se obtermos dEle o que necessitamos, sermos mantidos por Ele e com o fim de para Ele fazermos todas coisas.






FONTES DE PESQUISAS

Livro: 5 Solas
Devocionais de Aplicação Pessoal

Confissão de Augsburgo
Data: 25 de Julho de 1530

Confissão de Fé de Westminster

Periodo: entre 1643 a 1649

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