Livre Arbítrio
Prof. André Santos
Texto base: João 6:22-37
Texto chave: João 6.37
Todo o que o Pai me dá
esse virá a mim;
e o que vem a mim de
maneira nenhuma o lançarei fora.
Livre-arbítrio
O livre arbítrio,
que quer dizer, o juízo livre, é a capacidade de escolha pela vontade humana
entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, conscientemente conhecidos. Ele
é uma crença religiosa ou uma proposta filosófica que defende que a pessoa tem o poder de
decidir suas ações e pensamentos segundo seu próprio desejo.
Introdução
Alguns defendem
que o homem pode inclinar sua vontade tanto para o pecado e se perder, quanto
para Deus e ser salvo, então o tal arbítrio não tem feito um bom trabalho, pois
o Apostolo Paulo no livro aos Romanos 1.18-20 nos ensina que a ira de se revela
contra toda perversão de todos os homes. Podemos observar que “se existe
realmente o “livre-arbítrio”, ele não parece ser capaz de ajudar os homens a
atingirem a salvação, porquanto os deixa sob a ira de Deus”. O homem tem uma
vontade, mas essa está loucamente apaixonada pelas (Jo 3.19). O homem natural
não busca a Deus e não entende as coisas de Deus (Rm 3.11; 1Co 2.14)
Como Paulo diz claramente em Romanos
8:5-7
Porque os que são
segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o
Espírito para as coisas do Espírito.
Porque a inclinação da
carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.
Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.
Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
Obs.: Ou seja, em si
mesmo, nenhum ser humano, que é carnal, tem uma mente voltada para Deus e não
pode se submeter à lei de Deus.
O que diz as
Principais Confissões de Fé
AUGSBURGO
WESTMINSTER
BATISTA
Obs.: O credo era a
princípio uma proclamação batismal enunciada pelo catecúmeno, contendo as proposições
objeto da fé na qual estava sendo admitido o batizado. Em 325, passou a ser uma síntese dos dogmas da fé promulgada pela autoridade
eclesiástica, através do Concílio
de Niceia. A primeira formulação do tipo credo encontra-se no original de uma
carta do bispo Marcelo de Ancira.
ARTIGO 18 DO LIVRE ARBÍTRIO
Quanto ao livre arbítrio se ensina que o
homem tem até certo ponto livre arbítrio para viver exteriormente de maneira
honesta e escolher entre aquelas coisas que a razão compreende.
Todavia, sem a graça, o auxílio e a operação do Espírito Santo o homem é incapaz de ser agradável a Deus, temê-lo de coração, ou crer, ou expulsar do coração as más concupiscências inatas. Isso, ao contrário, é feito pelo Espírito Santo, que é dado pela palavra de Deus. Pois Paulo diz em 1 Coríntios 2: “O homem natural nada entende do Espírito de Deus”. E para que se possa reconhecer que nisso não se ensina novidade, eis aí as
claras palavras de Agostinho a respeito do livre arbítrio, aqui citadas do livro III do Hypognosticon: “Confessamos que em todos os homens há um livre arbítrio, pois todos têm entendimento e razão naturais, inatos. Não no sentido de que sejam capazes de algo no que concerne a Deus, como, por exemplo, amar e temer a Deus de coração. Somente em obras externas desta vida têm liberdade para escolher coisas boas ou más. Por obras boas entendo as de que é capaz a natureza, tais como trabalhar ou não no campo, comer, beber, visitar ou
não um amigo, vestir-se ou despir-se, edificar, tomar esposa, dedicar-se a um ofício ou fazer alguma outra coisa proveitosa e boa. Tudo isso, entretanto, não é nem subsiste sem Deus; ao contrário: dele e por ele São todas as coisas. Por outro lado pode o homem também praticar
por escolha própria o mal, como, por exemplo, ajoelhar-se diante de um ídolo, cometer homicídio, etc.”
Todavia, sem a graça, o auxílio e a operação do Espírito Santo o homem é incapaz de ser agradável a Deus, temê-lo de coração, ou crer, ou expulsar do coração as más concupiscências inatas. Isso, ao contrário, é feito pelo Espírito Santo, que é dado pela palavra de Deus. Pois Paulo diz em 1 Coríntios 2: “O homem natural nada entende do Espírito de Deus”. E para que se possa reconhecer que nisso não se ensina novidade, eis aí as
claras palavras de Agostinho a respeito do livre arbítrio, aqui citadas do livro III do Hypognosticon: “Confessamos que em todos os homens há um livre arbítrio, pois todos têm entendimento e razão naturais, inatos. Não no sentido de que sejam capazes de algo no que concerne a Deus, como, por exemplo, amar e temer a Deus de coração. Somente em obras externas desta vida têm liberdade para escolher coisas boas ou más. Por obras boas entendo as de que é capaz a natureza, tais como trabalhar ou não no campo, comer, beber, visitar ou
não um amigo, vestir-se ou despir-se, edificar, tomar esposa, dedicar-se a um ofício ou fazer alguma outra coisa proveitosa e boa. Tudo isso, entretanto, não é nem subsiste sem Deus; ao contrário: dele e por ele São todas as coisas. Por outro lado pode o homem também praticar
por escolha própria o mal, como, por exemplo, ajoelhar-se diante de um ídolo, cometer homicídio, etc.”
CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER
CAPÍTULO IX DO LIVRE ARBITRIO
I - Deus dotou a
vontade do homem de tal liberdade, que ele nem é forçado para o bem ou para o
mal, nem a isso é determinado por qualquer necessidade absoluta da sua
natureza. Ref. Tg. 1:14; Dt. 30:19; Jo. 5:40; Mt. 17:12; At.7:51; Tg. 4:7.
II - O homem, em
seu estado de inocência, tinha a liberdade e o poder de querer e fazer aquilo
que é bom e agradável a Deus, mas mudavelmente, de sorte que pudesse decair
dessa liberdade e poder. Ref. Ec. 7:29; Cl. 3: 10; Gn. 1:26 e 2:16-17 e 3:6.
III - O homem,
caindo em um estado de pecado, perdeu totalmente todo o poder de vontade quanto
a qualquer bem espiritual que acompanhe a salvação, de sorte que um homem
natural, inteiramente adverso a esse bem e morto no pecado, é incapaz de, pelo
seu proprio poder, converter-se ou mesmo preparar-se para isso. Ref. Rm. 5:6 e
8.7-8; Jo. 15.5; Rm 3:9-10, 12, 23; Ef 2:1,
5; Cl 2:13; Jo 6.44, 65; I Co 2.14; Tt 3.3-5. IV. Quando Deus converte um
pecador e o transfere para o estado de graça, ele o liberta da sua natural
escravidão ao pecado e, somente pela sua graça, o habilita a querer e fazer com
toda a liberdade o que é espiritualmente bom, mas isso de tal modo que, por
causa da corrupção, ainda nele existente, o pecador não faz o bem
perfeitamente, nem deseja somente o que é bom, mas também o que é mau. Ref Cl 1.
13; Jo 8.34, 36; Fl 2.13; Rm 6.18, 22; Gl 5.17; Rm 7.15, 21-23; I Jo 1.8. É no
estado de glória que a vontade do homem se torna perfeita e imutavelmente livre
para o bem só. Ref. Ef 4.13; Jd 24; I Jo 3.2.
CONFISSÃO DE FÉ BATISTA
CAPÍTULO 9 DO
LIVRE ARBÍTRIO - Deus dotou a vontade humana com a liberdade e o poder natural
de agir por escolha, sem ser forçada ou predeterminada por alguma necessidade natural
para fazer o bem ou o mal.
Mateus 17:12; Tiago
1:14; Deuteronômio 30:19. O homem, em seu estado de inocência, tinha a
liberdade e o poder de querer e fazer aquilo que era bom e agradável a Deus. Essa,
porém, era uma condição mutável, pois o homem podia decair dessa liberdade de
poder. Eclesiastes 7:29. 3 Gênesis 3:6. 8 3. Com a queda no pecado, o homem
perdeu completamente toda a sua habilidade volitiva para aquele bem espiritual
que acompanha a salvação. Por isso, o homem natural é inteiramente adverso a
esse bem, e está morto em pecados. Ele não é capaz de se converter por seu
próprio esforço, e nem mesmo de se dispor a isso. Romanos 5:6; Romanos 8:7. 5
Efésios 2:1,5. 6 Tito 3:3-5; João 6:44. Quando Deus converte um pecador, e o
transfere para o estado de graça, Ele o liberta da sua escravidão natural do
pecado, somente pela graça, o habilita a livremente querer e fazer aquilo que é
espiritualmente bom. Mesmo assim, por causa de certas corrupções que
permanecem, o homem redimido não faz o bem perfeitamente e nem deseja somente
aquilo que é bom, mas também o que é mau. Colossenses 1:13; João 8:36. 8
Fl.2:13. 9 Romanos 7:15,18-19,21,23. Somente no estado de glória a vontade do
homem será transformada, perfeita e imutavelmente; e então será livre para
fazer apenas o bem. Efésios 4:13.
A Historia da
Humanidade, Nossa Real Condição Diante de Deus
Vejamos que o que
relata o Apóstolo Paulo em uma de suas cartas.
18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha
carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não
consigo realizar o bem. 19 Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não
quero, esse faço. 20 Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o
pecado que habita em mim. 21 Acho, então, esta lei em mim: que, quando quero fazer
o bem, o mal está comigo. 22 Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na
lei de Deus. 23 Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do
meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus
membros. 24 Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? 25
Dou graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim que eu mesmo, com o
entendimento, sirvo à lei de Deus, mas, com a carne, à lei do pecado.
Romanos no capitulo 7:18-25.
A Historia da
Humanidade, Um Rápido Passeio
Vamos fazer um
passeio no inicio da historia, quando o Senhor Deus criou o céu e a terra,
assim passaremos a compreender um pouco da historia da natureza humana.
Logo nos cinco
primeiros capítulos do livro dos Genesis, escrito por Moisés, nos faz entender
um pouco de nossa natureza.
Genesis
1 – A terra sem forma e vazia, o Espírito de
Deus se movia por sobre a face as águas (ver. 2)
2 – E formou o Senhor Deus o homem do pó da
terra (ver. 7)
3 – Então a serpente disse á mulher, certamente
não morrereis (ver.4)
4 – E disse o Senhor a Caim: Onde esta Abel
teu irmão (ver. 9) 1º homicídio.
5 – Este é o livro das gerações de Adão, no
dia em que Deus os criou (ver.1)
Obs.: Podemos
verificar que, a nossa descendência Adâmica, nos tornou pecadores e que nada
poderemos fazer para escapar da ira de Deus. A humanidade na pessoa de Adão
está corrompida.
Real Condição
Diante de Deus
Romanos 7.20 (A maldade do homem se
multiplicou na terra)
Genesis 6.5 E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara
sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má
continuamente.
Romanos 7.21-23 (Deus não
promete parar de punir, mais não vai destruir a terra)
Genesis 8.21 E o Senhor sentiu o suave cheiro, e o Senhor disse em
seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque
a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice, nem tornarei mais a
ferir todo o vivente, como fiz.
Romanos 7.24 (O Apostolo
expressa o clamor da humanidade)
Romanos 8.22-23 Porque sabemos que toda a criação geme
e está juntamente com dores de parto até agora.
E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias
do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a
redenção do nosso corpo.
Romanos 7.24 (O Apostolo
anela a transformação do corpo, livre das imperfeições e fraquezas)
2 Coríntios 5.2-4 E por isso também gememos, desejando
ser revestidos da nossa habitação, que é do céu;
Se, todavia, estando vestidos, não formos
achados nus. Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos
carregados; não porque queremos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal
seja absorvido pela vida.
Conclusão:
Jesus foi o
primeiro a ser ressuscitado dentre os mortos para uma existência glorificada, em
virtude da nossa humanidade, estamos unidos com Adão em nossa presente
existência natural, no pecado e na morte; em virtude da nossa fé, estamos
unidos com Cristo na existência espiritual, na justiça e na vida por vir.
Fontes de pesquisas
Confissão de Fé
Batista
Confissão de Fé
Westminster
Confissão de Fé
Augsburgo
Martinho Lutero -
Nascido Escravo (Editora
Fiel)
Citação do livro - Argumento 9
Os
argumentos usados por Paulo são tão claros que é de admirar que alguém possa
compreendê-los mal. Diz ele “… todos se extraviaram, à uma se fizeram
inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer…” Estou admirado do fato que
certas pessoas afirmam: “Algumas pessoas não se extraviaram, não se fizeram
inúteis, não são más e nem pecadoras. Há alguma coisa no homem que o inclina
para o bem”. Ora, Paulo não fez essas declarações em apenas algumas passagens
isoladas. Algumas vezes ele as fez em termos positivos, em outras vezes, em
termos negativos, usando palavras diretas ou utilizando contrastes. O sentido literal
de suas palavras, todo o contexto e escopo de seu argumento, resumem-se neste
pensamento: à parte da fé em Cristo nada existe senão pecado e condenação. Meus
oponentes estão derrotados, ainda que não queiram se render! Porém, não está ao
meu alcance convencê-los disto. Deixo isto à operação do Espírito Santo. (p. 31)
Extraído de Nascidos
Escravos, Martinho
Lutero. Editora Fiel, 2009
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