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Ao Senhor pertence a salvação. Jonas 2:9  

BBC Brasil - Primeira página

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Atributos de Deus

Prof. André Nascimento

·         É de grande importância procurar entender sobre a natureza de Deus, se não o fizermos, provavelmente nos inclinaremos a outros deuses já criados ou criaremos os nossos próprios.

Obs.: Só podemos conhecer sobre Deus aquilo que Ele revelou, e o que foi revelado é para que O conheçamos e cumpramos as palavras desta lei. Dt. 29.29
Definição:
atributo 
a.tri.bu.to 
sm (lat attributu) 1 Aquilo que é próprio ou peculiar de alguém ou de alguma coisa. 2 Condição, propriedade, qualidade. 3 Sinal distintivo; símbolo: A coroa e o cetro são os atributos da realeza.
            Nós temos pelo menos quatro fontes de estudo sobre os atributos de Deus, que são:
1.      Atributos Naturais e Atributos Morais
2.      Atributos Absolutos e Atributos Relativos
3.      Atributos Intransitivos e Atributos Transitivos
4.      Atributos Incomunicáveis e Atributos Comunicáveis
Tendo este último caso como sendo o mais aceito, ou mais debatido entre os seminários teológicos.
Mas, antes de entrarmos no estudo central dos atributos de Deus, vamos conhecer um pouco sobre os seus nomes e o que eles nos comunicam.
            O ser de Deus é caracterizado por profundidade, plenitude, variedade e uma glória que excede a nossa compreensão, portanto, só podemos conhecê-Lo até onde Ele se revela em sua relação conosco.
            Os nomes de Deus pelo qual nós o conhecemos nas sagradas escrituras, não são uma invenção humana, eles têm origem divina e são derivados da relação entre Deus e o seu povo. Deus é infinitamente exaltado acima de tudo que é temporal, mas, em seus nomes, Ele desce a tudo que é finito e se assemelha ao homem.

Nomes no Antigo Testamento - Vejamos:

EL, ELOHIM, ELYON
EL – O nome mais simples que se refere à Deus, possivelmente derivado de “ul” que tem o sentido de ser:
Primeiro, Senhor, Forte e Poderoso.

ELOHIM – Significa ELOAH que vem da mesma raiz ou de ALAHH e se refere a temor e, portanto mostra Deus como:
 Forte e Poderoso.
ELYON – Deriva de ALAH que se refere a subir, ser elevado e denota Deus como:
Exaltado, Alto   Gn. 14. 19-20; Nm. 24. 16; Is. 14. 14
ADONAI – Derivado de dun (din) ou de adan e todos significam:
Julgar, Governar.
Revela Deus como GOVERNANTE TODOD-PODEROSO a quem tudo está sujeito e com quem o homem se relaciona como servo, e que mais tarde foi suplantado por JEOVÁ, (YAHWEH) e todos O descrevem como ALTÍSSIMO.
SHADDAI e EL-SHADAI – Derivado de SHADAD, ser poderoso e indica que Deus possui todo o poder no céu e na terra. Embora O relacione como Deus criador e dê ênfase a grandiosidade de Deus não O apresenta como objeto de temor mas, como fonte de bem-aventurança e consolação. Êx. 6. 2-3
YAHWEH e YAHWEH TSEBHAOTH – É especialmente o nome Yahweh que gradativamente suplantou os nomes anteriores, é o nome pelo qual Deus se revela como Deus da graça. Sempre foi tido como o nome mais sagrado e o mais distintivo nome de Deus, o nome incomunicável.
Os judeus temiam proferi-lo com base em Lv. 24. 16 daí ao lerem as escrituras o substituía por ADONAI ou ELOHIM.
Em Êx. 3. 13-14 o termo se traduz em “EU SOU O QUE SOU”, assim interpretando, o nome indica a imutabilidade de Deus contudo, não se tem tanto em vista a imutabilidade do seu ser essencial, mas, a imutabilidade de Sua relação com o Seu povo. O nome contém a segurança de que Deus será para o povo de Moisés o que foi para o seus pais, Abraão, Isaque e Jacó. Salienta a fidelidade pactual de Deus, é seu nome próprio por excelência, Êx. 15.3; Sl. 83.18; Os. 12.6; Is. 42.8 e , portanto, não empregado com referência a ninguém mais, senão unicamente com referência ao Deus de Israel.
Por muitas vezes o nome Yahweh é fortalecido pelo acréscimo de TSEBHAOTH.
É extremamente difícil determinar a que se refere este vocábulo, há três principais opiniões, vejamos:
Significado: SENHOR DOS EXÉRCITOS
1.      O exército de Israel 1 Sm. 4.4; 17.45 e 2 Sm. 6.2
2.      As estrelas: São chamadas de exércitos dos céus e nunca exército de Deus ou Deus dos exércitos.
3.      Os anjos: Esse termo acha-se muitos vezes no contexto em que os anjos são mencionados 2 Sm. 6.2; 1 Sm. 4.4; Is. 37.16; Js. 5.14; 1 Rs. 22.19; Sl. 148.2 portanto, O Senhor dos exércitos é descrito como O Rei da Glória, cercado de hostes angelicais e que governa o céu e a terra no interesse do seu povo e recebe glória das suas criaturas.
Nomes no Novo Testamento
THEOS – É equivalente a EL, ELOHIM e ELYON
KYRIOS – É aplicado como: Alfa e Ômega, que é, que era e que há de vir, o primeiro e o último Ap. 1.4,8,17; 2.8; 21.6; 22.13 onde é derivado de Kyros que significa poder e, é empregado tanto a Deus como a Cristo.
PATER – Pai, embora muitos achem que essa terminologia seja iniciada no NT, podemos observar repetidamente um equivalente ser usado para designar a relação de Deus com Israel  Dt. 32.6; Sl. 103.13; Is. 63.16; Jr. 3.4 enquanto que Israel é chamado filho de Deus Êx. 4.22; Dt. 14.1; Os. 1.10 o termo Pai se aplica também a Deus no NT como criador ou originador 1 Co. 8.6; Hb. 12.9.

Os Atributos de Deus
Atributos Incomunicáveis e Atributos Comunicáveis
Deus é único, absoluto, imutável e infinito em sua bondade e amor, graça e misericórdia justiça e santidade.

Atributos Incomunicáveis
Deus como ser absoluto
A.    Existência autônoma de Deus ou sua auto-existência
Ele não é só independente, como faz também tudo depender dEle. Esta auto-existência de Deus acha expressão no nome Jeová, e como ser autônomo e independente que Ele é, pode dar a certeza de que permanecerá o mesmo, com relação ao seu povo. Jo. 5.26
Vida em si mesmo Is. 40.18 único Rm. 11.34-35 independente em pensamento Dn. 4.35 independente em sua vontade Rm. 9.19; Ef. 1.5; Ap. 4.11 independente em seu poder Sl. 115.3 independente em seu conselho Sl. 33.11
B.     A imutabilidade de Deus
É a perfeição pela qual não há mudança nEle, não somente em Seu ser, mas também em suas perfeições e em seus propósitos e em suas promessas.
Sl. 102.27; Êx. 3.14; Is. 41.4; 48.12; Ml. 3.6
C.     Sua eternidade
A nossa vida se divide em passado, presente e futuro mas, Deus não. Ele é o eterno EU SOU.
D.    Sua imensidade e/ou onipresença
Ele preenche todas as partes do espaço e isso com todo Seu ser.
E.     A unidade de Deus
Este atributo saliente a unidade e a unicidade de Deus.
1 Rs. 8.60; 1 Co. 8.6; 1 Tm. 2.5
Unidade como sendo um único Deus e tem relação numérica, enquanto que unicidade tem haver com a expressão (Jeová é o único Deus que faz jus ao nome Jeová) Dt. 6.4

Os Atributos Comunicáveis

Os atributos estudados anteriormente salientam o absoluto ser de Deus, os próximos salientam sua natureza pessoal.
É nos atributos comunicáveis que Deus se posiciona como ser moral, consciente, inteligente e livre.
A.    Deus como Espírito pessoal
1. A personalidade humana requer diretamente um Deus pessoal para sua explicação.
            2. O mundo dá testemunho da personalidade de Deus.
Sua inteligência infinita, as emoções mais profundas, uma vontade toda poderosa.
3.A natureza moral e religiosa do homem também aponta para a personalidade de Deus.
 A sua natureza lhe impõe um senso de obrigação de fazer o que é reto, isso implica necessariamente a existência de um legislador supremo. Além disso, a sua natureza religiosa constantemente o incita a procurar comunhão pessoal com algum ser superior. Jo. 14.9 Felipe pede para mostrar o Pai.

B.     Atributos intelectuais

As Escrituras denotam o conhecimento e a sabedoria de Deus, tanto em palavras como no mundo criado, conforme a sua perfeição.
1.      O conhecimento de Deus
Significa que Ele conhece o universo como realidade no tempo e no espaço. Também é chamado de onisciência.
2.      A sabedoria de Deus
A sabedoria de Deus é um aspecto do seu conhecimento, mas não é a mesma coisa. Um homem sem instrução formal pode ser superior em sabedoria a um erudito.
3.      A veracidade de Deus
Inclui diversas ideias, como verdade, fidedignidade e fidelidade.
3.1   Quando se diz que Deus é a verdade a primeira ideia é no sentido metafísico, ou seja, Ele é tudo que como Deus deveria ser, como tal distingui-se de todos os outros deuses, os quais são chamados ídolos, nulidades e mentiras. Is. 44.9-10; Sl. 115.4-8
3.2    Ele também revela-se num sentido ético e como tal revela-se como realmente é,de modo que sua revelação é absolutamente confiável. Nm. 23.19
3.3    Ele também é a verdade num sentido lógico e em virtude disso conhece as coisas como realmente são. Que Ele responde a ideia de divindade, sua revelação é perfeitamente confiável e vê as coisas como realmente são. “ É por isso que Ele é chamado de  fonte de toda verdade”. O termo fidelidade aponta para a virtude de que Ele está sempre atento a sua aliança e cumpre todas as promessas que fez ao Seu povo.

C.     Atributos morais
São geralmente discutidos em três aspectos:
A bondade de Deus
A santidade de Deus
A justiça de Deus

1.      A bondade de Deus
Não se deve confundir a bondade de Deus com sua benevolência. Quando dizemos que Deus é bom, estamos dizendo em todos os aspectos e por todos os modos tudo aquilo que Ele é como Deus. Mc. 10.18
1.1  A bondade de Deus para com suas criaturas em geral
Benevolência -  É a bondade de Deus revelada para o bem-estar da criatura Lc. 6.35
1.2  O amor de Deus
Ele ama suas criaturas racionais por amor a si mesmo. Ele não retira seu amor completamente do pecador em seu estado atual pecaminoso, porque reconhece nele um portador da Sua imagem Mt. 5.44-45
1.3  A graça de Deus
Ela denota o favor não só de Deus para com os homens mas, também de um homem a outro homem.
1.4  A misericórdia de Deus
Sua misericórdia ou terna compaixão é expressa como profunda compaixão e as vezes lindamente traduzida por “terna misericórdia”.
Se a graça de Deus vê o homem como culpado diante dEle e necessitado de perdão, a misericórdia de Deus o vê como um ser que está suportando as consequências do pecado, e portanto, necessita do socorro divino Sl. 145.9
1.5  A longanimidade de Deus
É o aspecto da bondade ou amor de Deus em virtude do qual Ele tolera os rebeldes e maus, a despeito de sua prolongada desobediência. Êx. 34.6; Sl. 86.15
2.      A santidade de Deus

2.1  A natureza da santidade
Em sentido original denota que Ele é absolutamente distinto de todas as suas criaturas, e é exaltado acima delas em majestade infinita. Ele é santo em tudo aquilo que O revela, em sua graça e bondade como também em sua ira e justiça.
2.2  Sua manifestação
A santidade de Deus é revelada na lei moral implantada no coração do homem e que fala por meio da consciência, mais particularmente, na revelação especial de Deus At. 3.14
3.      A justiça de Deus
A justiça se manifesta especialmente em dar a cada homem o que lhe é devido, em tratá-lo de acordo com o seu merecimento. De sorte que a justiça de Deus é o padrão, a régua em que todos os outros sistemas jurídicos se adéquam. Ed. 9.15; Nm. 9.8; Sl. 119.137

D.    Atributos de soberania
Ele é apresentado como criador e sua vontade como a causa de todas as coisas. Ele está revestido de autoridade absoluta sobre as hostes celestiais e sobre os moradores da terra. Ele sustenta todas as coisas com sua onipotência e determina os fins que elas estão destinadas a cumprir Gn. 14.19; Dt. 10.14; Sl. 115.3
1.      A vontade soberana de Deus

1.1  A vontade de Deus em geral
É apresentada como causa final de todas as coisas. Tudo é derivada dela: a criação e a preservação Sl. 135.6; Jr. 18.6; Ap. 4.11 o governo Pv. 21.1 Dn. 4.5,35 a eleição e a reprovação Rm. 9.15-16 os sofrimentos de Cristo Lc. 22.42; At. 2.23 a regeneração Tg. 1.18 a santificação Fp. 2.13 os sofrimentos dos crentes 1 Pe. 3.17 a vida e o destino do homem At. 18.21; Rm. 15.32; Tg. 4.15 e até as menores coisas da vida Mt. 10.19
2.      O poder soberano de Deus
A soberania de Deus acha a expressão, não somente na vontade divina mas, também na onipotência de Deus.
A onipotência está interligada aos outros atributos e não age de forma independente Sl. 115.3; Jr. 32.17 na criação Rm. 4.17 na redenção de pecadores 1 Co. 1.24; Rm. 1.16
antropopático 
an.tro.po.pá.ti.co 
adj (antropopatia+ico2) 1 Relativo ou pertencente à antropopatia. 2 Que atribui sentimentos humanos a algum ser que não é humano.
asseidade 
as.sei.da.de 
sf (lat escol aseitate) Em filosofia escolástica, natureza de um ser que existe por si mesmo e não precisa de outro para existir.
unicidade 
u.ni.ci.da.de 
sf (único+i+dade) Estado ou qualidade do que é único.
benevolência 
be.ne.vo.lên.cia 
sf (lat benevolentia) 1 Qualidade do que é benévolo; boa vontade para com alguém. 2 Complacência, indulgência. Antôn: malevolência.
longânime 
lon.gâ.ni.me 
adj (lat longanime) 1 Que tem grandeza de ânimo, benigno, complacente, indulgente. 2 Corajoso. 3 Generoso. 4 Paciente, resignado. Var: longânimo.
nulidade 
nu.li.da.de 
sf (nuli+dade) 1 Qualidade de nulo; falta de alguma condição essencial; falta de validade. 2 Falta de mérito, de talento; incapacidade completa. 3 Pessoa insignificante, sem nenhum mérito. 4 Coisa vã; frivolidade, inanidade.





Referências  Bibliográficas

Bíblia de Estudo de Genebra
Bíblia de Estudo Shedd

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