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Ao Senhor pertence a salvação. Jonas 2:9  

BBC Brasil - Primeira página

domingo, 8 de novembro de 2015

O Destino Final da Igreja

O Destino Final da Igreja - Prof. André Nascimento CLIQUE PARA BAIXAR


Introdução:
No monte das oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século. Mt. 24.3
            Existem pelo menos quatro linhas de pensamento a cerca do milênio. Todos bem embasados nas Sagradas Escrituras. Veremos três destes quatro pensamentos a seguir:

1.      Amilenismo
2.      Pré-milenismo Histórico
3.      Pré-milenismo Dispensacionalista
4.      Pós-milenismo
O nosso material de estudo serão o 1, 3 e 4, já que os Pré-milenismos são bem parecidos e dentre esses o Dispensacionalismo nos parece bem conflitante.

Já que nosso assunto em questão é sobre o Reino então, começaremos com a definição de cada linha sobre Reino.

Pós-milenista:
Não é uma realidade futura mas, presente, inaugurada na primeira vinda de Cristo e que perdura durante o período da Igreja aqui na terra. Não é um Reino político, nem corpóreo e que na medida em que o fim se aproxima a Igreja segue para um crescimento sem precedentes.

Aspectos:
1.      Conversão em massa da nação de Israel – Rm 11 (Não serão todos convertidos, mas, a maioria)
2.      O progresso da Igreja sem declínio
3.      Um reinado de mil anos, mas, não literal

Amilenista:
O Reino é algo central, preterista e futurista.
Uns acreditam no cumprimento em parte do predito em Mt. 24 no ano 70, ou seja, o anti-cristo foi Antíoco Epifânio e a grande tribulação foi a perseguição de Roma à Igreja no 1° século, os que creem dessa forma são os Amilenistas Preteristas.
E há os Amilenistas Historicistas que também crer que parte dessa profecia se cumpriu no 1° século, mas, ainda resta o surgimento do anticristo, a grande tribulação e logo em seguida o retorno de Cristo.

Pré-milenista Dispensacionalista:
1.      Tradicional
2.      Progressista

Tradicional:
O evangelho foi trazido por Jesus, oferecido aos judeus e rejeitado pelo mesmo, com isso Cristo adiou o Reino, abriu um parêntese na história estendendo a salvação aos gentios, mas, antes do fim restaurará o reino político e corpóreo de Israel e ambos, Israel e a igreja viverão com Deus.
Sim. Deus tem dois povos.

Progressista:
Mantêm a expectativa do AT, onde Deus conserva suas promessas espirituais e políticas acerca de Israel e que depois da volta de Cristo, haverá o cumprimento das promessas para os judeus e a restauração de Israel.
Não. Deus não tem dois povos, é um só povo, mas, com tratamento diferenciado à Israel.

Conceito ou textos fundamentais que corroboram para o pós-milenista
·         A expansão do Reino
·         As parábolas do Reino (o joio, o grão de mostarda, o fermento e a rede)
·         1 Cor. 15
·         Cristo está reinando
·         Hb. 10.12-13 alusão a Sl. 110

Conceito ou textos fundamentais que corroboram para o amilenista
·         O sermão escatológico de Mt. 24 aponta para uma obra futura, mas, contém alguns elementos já cumpridos no ano 70 na destruição do templo.
·         1 Tes. 4.13-18; 5.1-10 e 2 Tes. 2.3-4,7-9, Paulo corrobora com Mt. 24 e 1 Cor. 15, de que a volta de Cristo é precedida pelo domínio do anticristo e a grande tribulação.

Conceito ou textos fundamentais que corroboram para o dispensacionalista
·         O NT ensina que em seu retorno Cristo cumprirá plenamente suas promessas do AT referente ao reino (terreno, político e espiritual) sobre os homens e especialmente sobre Israel, ou seja, possui um caráter judaico. Ap. 20.1-6
·         Em At. 1.6 existe uma expectativa de restauração para Israel para os cristãos do I século e em  At. 3.21 vem a confirmação.

Hermenêutica
Pós-milenista
O NT interpreta o AT.
Ele lança luz, altera e invalida algumas leis.
Ex.:
Circuncisão é substituída pelo batismo
Páscoa é substituída pela ceia, ou seja, ler AT a luz do NT.
Para se obter uma boa compreensão do Apocalipse é necessário conhecer o AT.

Amilenista
Nem o AT está acima do NT nem o inverso, mas, eles se completam.
Ex. 19 não é uma promessa para Israel, mas, para o povo de Deus onde o Reino está se cumprindo.
Será que o Apóstolo Pedro errou quando interpretou Jl. 2.28-32 em At. 2.16-21 ou Tiago errou quando interpretou Am. 9.11-12 em At. 15.16-17, eles eram orientados a testar a nova revelação à luz da antiga, ou seja, o que foi prometido de forma terrena a Israel se cumpre de forma espiritual na igreja. Rm. 11 e Gl. 3 não falam de um remanescente futuro, mas, do ajuntamento de judeus e gentios.
Dispensacionalista
Dizer que um testamento interpreta o outro não é saudável e não se pode dizer a forma que os autores do NT interpretaram o AT.
Os Apóstolos consideravam o AT estável e utilizavam o método de interpretação que hoje chamamos de gramático-histórico.
Sl. 16.10-11 – At.2.27-28
Ex.: Rm 9.25...dizer que o que foi prometido à Israel no AT se cumpre na igreja é modificar o significado do texto, o que foi dito à Israel também se estende à igreja, mas, pertence à Israel.

Posicionamento para a escrita do livro do Apocalipse: antes de 70 ou no final do I século (80-90).

Pós-milenista
·         A base para acreditar que o livro do Apocalipse foi escrito depois de 70 são os pais da igreja sendo Irineu o mais influente. Este é o mesmo Irineu que afirmou que Jesus viveu cerca de 50 anos e que esteve com seus discípulos por 15 anos, portanto, não acredito que o livro do Apocalipse tenha sido escrito após o ano 70.
·         As profecias de Mt. 24 já se cumpriram
·         Apocalipse foi escrito antes de 70
·         O Apóstolo João está escrevendo as igrejas sofredoras daquele período
·         Muitas das profecias do livro do Apocalipse já se cumpriram no ano 70

Amilenista
·         Recapitulação é importante não para asseverar o amilenismo, mas, para a leitura do livro do Apocalipse.
·         A recapitulação é marca da leitura bíblica
·         Mt. 8.16-17 cita Is. 53......1Pe. 2.24-25 cita Is. 53
·         É mais coerente ler o livro do Apocalipse por recapitulação do que por progressão
·         Se tudo se cumpriu até o ano 70, ou seja, na destruição do templo em Jerusalém então, Jesus deveria ter voltado imediatamente ao cumprimento da última profecia de Mt. 24.14

Dispensacionalista
·         Visão sucessiva do livro do Apocalipse, principalmente dos cap. 6 a 19 onde, os selos levam as trombetas e as trombetas levam as taças, portanto uma sucessão de eventos.
·         Se o cap. 20 recapitula alguma coisa, o que é que ele recapitula?
·         Do cap. 18 a 21 é a transição da Babilônia para Jerusalém e no cap. 19 começa-se a narrar a queda do triunvirato ou falsa trindade do cap. 3 (o diabo, a besta e o falso profeta)
·         No cap. 19 narra a queda da besta e do falso profeta e no cap. 20 a queda do dragão “diabo”, isso é uma leitura natural dos fatos

Como entender o livro do Apocalipse

Pós-milenista
·         Não entende de forma totalmente preterista, porém, os anúncios de tribulação em Mt. 24 já se cumpriram.
·         A vinda de Cristo não será precedida por uma grande tribulação e nem sempre o termo “vinda” implica dizer em uma vinda corpórea pode ser uma vinda em juízo.    Is. 19.1-2 (linguagem apocalíptica)
·         A parábola do joio, pois o campo é um campo de trigo e não de joio...o evangelho será a norma e não a exceção

Amilenista
A expressão kai edon não é importante se sugere ou não uma sequência, pois, no cap. 19 Cristo vence a besta e o falso profeta e destrói as nações... o cap. 20 não pode ser uma sequência do cap. 19 pois, o cap. 20 diz que satanás é amarrado para  não mais enganar as nações...o conteúdo é diferente.
Com certeza o cap. 20 é uma recapitulação do restante do livro do Apocalipse.

Dispensacionalista
·         O termo kai edon “e vi” apresenta sim uma sequência, se for lido de forma natural isso se perceberá.
·         Se o termo nações apenas se referisse a incrédulos o que não é verdade.
·         Existem várias definições para nações em Apocalipse
·         O que o cap. 20 recapitula?

Qual o papel de Apocalipse 20?
 Pós-milenismo
·         Ele não pode lançar luz nas Escrituras como um todo, por se tratar de um cap. Simbólico em um livro extremamente simbólico.
·         Toda a Escritura é que deve lançar luz sobre ele.

Amilenista
·         O que existe hoje é um ambiente restrito em relação à atuação do diabo e não mais o engano das nações como no AT.
·         Não se pode também tomar uma palavra como “nação ou povo” e achar que ela terá sempre o mesmo significado, pois, o que determina sua definição é seu uso imediato no contexto.
·         O termo “para que não mais enganasse as nações” Ap. 20.3 compreende o período entre a 1ª e a 2ª vinda de Cristo
·         Todos os povos Mc. 3.27; Jo. 12.31
·         Despojados – o vencedor tirava as armaduras e as armas e desfilava com seus prisioneiros NVI Hb. 2.14, ou seja, na morte de Cristo satanás foi derrotado.

Mil anos é parte da visão ou uma explicação da visão?
Pós-milenista
João está vendo mil anos, é uma situação presente, portanto, os mil anos é simbólico para demonstrar muito tempo.

Considerações
O livro do Apocalipse foi endereçado inicialmente aos crentes que estavam suportando o martírio no período do Ap. João.
Do ano 64 até o ano 303 houve vários governantes em Roma que eram cruéis dos quais citaremos apenas dois que foram contemporâneos do Ap. João.

São eles:
Nero (64 dC)
Domiciano (95)

É claro que havia mais de 7 igrejas na Ásia naquele  período porém, o número 7 carrega a ideia de completo, fechado portanto, aqueles irmãos foram os primeiros endereçados do apocalipse mas, este livro se estende a todas as igrejas em todas as épocas pois, nele contém a vitória do cordeiro sobre satanás e o triunfo da igreja com seu Cristo.

Visão geral sobre o Reino milenar

Pós-milenismo
Acreditam que a 2ª vinda de Cristo se dará após um longo período de retidão e paz chamado milênio onde a maioria da humanidade será convertida ao cristianismo.
Os mil anos não são literais
Essa corrente foi muito forte nos séculos XVII, XVIII e XIX, esse foi o ponto de vista defendido praticamente por todos os grandes protestantes e comentaristas evangélicos conservadores do século XIX. Homens como Jonathan Edwards, Charles Hodge e Benjamim Warfield eram defensores do pós-milenismo.
As duas grandes guerras do século XX, a libertinagem e o ateísmo em progressão parecem que pôs em xeque a ideia pós-milenista, pois, o que constatamos na história é um período de declínio em que os homens se afastam da moralidade e do amor, convergindo dessa forma para uma futura apostasia.

Amilenismo
Não acreditam num milênio literal. Creem que o milênio está compreendido entre a 1ª e a 2ª vinda de Cristo.
Antony Hoekema diz que hoje vivemos a tensão do “já” e o “ainda não”. Já estamos no Reino, mas ainda não em sua plenitude. O Reino já chegou. Ele está dentro de nós, mas ainda não em sua consumação final.
Ele defende ainda que a melhor forma de leitura do livro do Apocalipse é o paralelismo progressivo. De acordo com este ponto de vista, o livro consiste de sete seções paralelas entre si, cada uma delas descrevendo a igreja e o mundo desde a época da primeira vinda de Cristo até a Sua segunda vinda.



Pré-milenismo Histórico
Até o IV século foi a posição oficial da igreja primitiva. Os pais da igreja como Justino, o mártir, Tertuliano, Lactâncio, Papias, Irineu e Hipólito , escreveram sobre a tribulação pela qual a igreja passaria.

Pré-milenismo Dispensacionalista
Descreve a vinda de Cristo antes do milênio, consistindo de dois estágios: o primeiro, um arrebatamento secreto removendo a igreja antes de a grande tribulação devastar a terra; o segundo, Cristo vindo com Seus santos para estabelecer o Reino milenar.
Um dos maiores fatores para o crescimento do dispensacionalismo foi a Bíblia anotada de Scofield. Essa Bíblia foi publicada em 1909 e tem larga aceitação em quase todo o mundo. Scofield divide a Bíblia em sete dispensações:

1ª A inocência – desde Adão até a queda;
2ª A consciência – desde a queda até o dilúvio;
3ª O governo humano – desde Noé até Abraão;
4ª A promessa – desde Abraão até Moisés;
5ª A lei – desde de Moisés até o calvário;
6ª A graça – desde o calvário até a grande tribulação;
7ª O reino – desde a grande tribulação até o reinado de Cristo por mil anos na terra.

Dentro dessa visão a igreja é apenas um parêntesis na história. Os dispensacionalistas têm alguns ensinamentos estranhos às Escrituras.

1.      Distinção entre igreja e Israel no tempo e na eternidade
2.      O Reino de Deus adiado para um milênio terreno
3.      A crença num arrebatamento secreto, seguido de uma segunda vinda visível
4.      A ideia de que a igreja não passará pela grande tribulação (a igreja será poupada da ira de Deus), mas não da grande tribulação. A tribulação não é a ira de Deus sobre os pecadores, mas, sim, a ira de Satanás, do anticristo e dos ímpios contra os santos.
5.      A ideia de que teremos várias ressurreições
6.      A ideia de que haverá chance de salvação depois da segunda vinda de Cristo


E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim. Mt. 24.14









Fontes de pesquisa


Comentário Expositivo do livro do Apocalipse – Reverendo Hernandes Dias Lopes

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