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Ao Senhor pertence a salvação. Jonas 2:9  

BBC Brasil - Primeira página

domingo, 29 de maio de 2016

O Deus da Graça e do Juízo



Livro: Malaquias
Capitulo: 2.1-17


Introdução:

Com o livro de Malaquias, último dos doze que formam o grupo dos chamados Profetas Menores, encerra-se o bloco da literatura profética da Bíblia e coloca-se o ponto final à última página do Antigo Testamento. O texto de Malaquias caracteriza-se pelo tom polêmico com que aborda os diversos temas. A própria estrutura literária da mensagem é uma espécie de discussão retórica, de diálogo com os seus destinatários, a cujas perguntas e objeções o profeta responde.

Objetivo do livro:

É confrontar o povo com seus pecados e restaurar seu relacionamento com Deus.

Texto chave:

Se o não ouvirdes e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome, diz o Senhor dos Exércitos, enviarei a maldição contra vós e amaldiçoarei as vossas bênçãos; e já as tenho amaldiçoado, porque vós não pondes isso no coração. Malaquias 2:3

Exposição de Malaquias:

2.1 para vos outros. A mensagem em forma de sentença tem um destino, os sacerdotes.

Obs.: Alguns anos já havia se passado, o povo retornando a terra prometida, porém o esfriamento e descaso com as coisas de Deus estavam evidentes. Deus envia agora o profeta Malaquias com uma mensagem em forma de sentença, sentença essa que revela um Deus cheio de Graça, porém que não deixará de aplicar sua justiça.

2.2-4 enviarei sobre vós a maldição.

Obs.: Claramente vemos aqui o quanto Deus é misericordioso, porém justo, e não tem o inocente por culpado nem o culpado por inocente. O que verificamos aqui é a justiça de Deus aplicada os atos impensados, que faz Deus aplicar sua justiça mediante a responsabilidade humana.

Amaldiçoarei as vossas bênçãos.  As bênçãos que o texto se refere podem ser tanto as bênçãos físicas e materiais prometidos aos sacerdotes que recebiam os dízimos do povo (Números 18.21), quanto os pronunciamentos de bênção proferidos pelos sacerdotes no momento dos sacrifícios (Números 6.24-27), que, por conseguinte se tornariam em maldição.

2.5-6 de vida e de paz. O propósito central de Deuteronômio visa mostrar a relação entre a obediência à aliança e a vida. O compromisso com Deus leva a uma vida abundante.

Deuteronômio 28.20

O Senhor enviará sobre vocês maldições, confusão e repreensão em tudo o que fizerem, até que vocês sejam destruídos e sofram repentina ruína pelo mal que praticaram ao se esquecerem dele.

2.7 lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento. Esdras 7.10; Oseias 4.6. A relação entre o verdadeiro conhecimento do Senhor e a instrução sacerdotal na lei

2º Crônicas 15.3

“Israel esteve por muito tempo sem o verdadeiro Deus, sem sacerdote que o ensinasse e sem lei.”

2.8 vós vos tendes desviado do caminho. Neemias 13.29. As atitudes dos sacerdotes e suas ações demonstraram ser um mau exemplo para o povo. Eles abandonaram o seu verdadeiro chamado de ensinar e praticar a verdade.

2.9 mostrastes parciais no aplicardes a lei. A base para esta censura é o caráter de Deus. Deus “não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno” (Deuteronômio 10.17; cf. Levítico 19.15). Possivelmente os sacerdotes estavam favorecendo os ricos e poderosos da sociedade.

Obs.: O principio que regula o culto, a Deus, é baseado em uma adoração cristocêntrico. Aqui o profeta Malaquias (o Mensageiro), surge com uma mensagem em forma de sentença, demonstra que o povo estava longe do verdadeiro culto. Deus havia abençoado o povo, o templo estava erguido e o povo deveria prestar culto, porém não sem compromisso ou com desrespeito ao Deus de Israel. É o que o profeta denuncia.

2.10-16 A falta de fidelidade para com Deus leva ao colapso nas relações humanas. Malaquias fala acerca de dois problemas. O casamento com esposas idólatras (vs. 10-12) e o divórcio das esposas israelitas (vs. 13-16) são rigorosamente reprovados.

Obs.: Aqui o profeta faz duas fortes denuncias, o povo de Israel estava contraindo casamento com mulheres idolatras e o que é ainda mais grave, separando-se de suas mulheres Israelitas para casarem com mulheres idolatra. Uma forte denuncia, aos sacerdotes, que tentavam justificar seu pecado responsabilizado Deus por toda desgraça no meio do povo.

O casamento no Judaísmo é visto como um vínculo contratual entre um homem e uma mulher, através do qual eles se unem para criar uma família. Embora a procriação não seja o único propósito, um casamento judaico também é esperado para cumprir o mandamento de ter filhos. O foco principal centra-se em torno do relacionamento entre o marido e a esposa. No nível espiritual, o casamento é entendido como o significado de que o marido e a esposa estão se fundindo para formar uma única alma. É por isso que um homem é considerado "incompleto" se ele não for casado, como sua alma é apenas uma parte de um todo maior que continua a ser unificada.

Relações sexuais regulares são esperadas entre o marido e a mulher. Esta obrigação é conhecida como "onah". Na tradição Judaica, as relações sexuais no casamento constituem-se em mandamento religioso.

Pecado é a Causa de Divórcio

Obs.: Nos casos de todos os divórcios na Bíblia (há muitos) não há outra razão de divórcio senão o pecado.

No Velho Testamento
A Lei não permitiu divórcio (Deuteronômio. 22.13-21). A parte infiel foi morta pelo apedrejamento. Depois, evidentemente por causa da insistência do povo, o divórcio foi permitido com qualificações.

Em todo caso, foi por causa de pecado (Deus 24.1 coisa indecente).

Deuteronômio 24.1

Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então será que, se não achar graça em seus olhos, por nela encontrar coisa indecente, far-lhe-á uma carta de repúdio, e lha dará na sua mão, e a despedirá da sua casa.

No Novo Testamento
Mateus 5.31-32 por causa de prostituição. Mateus 19.8 por causa da dureza dos vossos corações. Dureza de coração significa um coração duro, seco; destituição de percepção espiritual.

2.10 o mesmo Pai. Alguns interpretam isto como se referindo a Abraão (Isaias 51.2). Mais provavelmente isso se refere a Deus (1.6; Êxodo 4.22, 23; Deuteronômio 32.6; Isaias 63.16; 64.8; Jeremias 3.4, 19; 31.9).

2.11-13 sido desleal. Este verbo é usado cinco vezes nos vs. 10-16. É usado em Jeremias 3.20 para se referir à infidelidade marital.

Abominação. A palavra hebraica aqui, notavelmente empregada em Deuteronômio, refere-se às práticas religiosas idólatras (Deuteronômio 7.25, 26; 12.31; 13.14; 18.12). Também pode referir-se à transgressão sexual (Levítico 18.22, 26, 29, 30; Deuteronômio 24.4).

Profanou o santuário do SENHOR. A palavra hebraica traduzida por “santuário” também pode ser entendida como se referindo ao próprio povo (“santa semente” Isaias 6.13; Esdras 9.2). É o povo que é amado por Deus e que se corrompe pela desobediência em suas práticas de casamento.

Casou com adoradora de deus estranho. Esta frase refere-se a casar-se com uma mulher ainda comprometida com um deus estranho — uma idólatra fora da aliança (Genesis 24.3, 4; Êxodo 34.12-16; Deuteronômio 7.3,4; Josué 23.12; 1º Reis 11.1-10). A proibição contra o casamento com não crentes continua no Novo Testamento (1º Coríntio 7.39; 2º Coríntios 6.14).

2.14 Mulher da tua mocidade.

A fidelidade da aliança de Deus deve ser espelhada nas relações de casamento do seu povo (Provérbios 2.17; Efésios 5.22-33).

2.15 Um. Genesis 2.24.

2.16 Odeia e Repudia.

Vestes. Entrar num casamento e obter uma esposa é, às vezes, representado pelo cobrir com vestes (Rute 3.9; Ezequiel 16.8-12).

Rute 3:9

E disse ele: Quem és tu? E ela disse: Sou Rute, tua serva; estende, pois tua capa sobre a tua serva, porque tu és o remidor.

Ezequiel 16:8-12

E, passando eu junto de ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores; e estendi s;obre ti a aba do meu manto, e cobri a tua nudez; e dei-te juramento, e entrei em aliança contigo, diz o Senhor DEUS, e tu ficaste sendo minha. Então te lavei com água, e te enxuguei do teu sangue, e te ungi com óleo. E te vesti com roupas bordadas, e te calcei com pele de texugo, e te cingi com linho fino, e te cobri de seda. E te enfeitei com adornos, e te pus braceletes nas mãos e um colar ao redor do teu pescoço. E te pus um pendente na testa, e brincos nas orelhas, e uma coroa de glória na cabeça.

2.17 Os cínicos religiosos acusam o Senhor de injustiça. Deus responde com a promessa de que ele enviará um mensageiro que preparará o caminho diante dele e então retornará para o seu templo. Sua presença no meio de um povo ímpio requer julgamento e purificação graciosa (3.2,3). Ele transformará o coração dos levitas que passarão a oferecer sacrifícios em justiça novamente. O juízo será severo (3.5). O Senhor mesmo será a principal testemunha para a acusação do seu povo.

Conclusão:

Enfadais o SENHOR em Isaias 43.24 temos a seguinte expressão; “Não me compraste por dinheiro cana aromática, nem com a gordura dos teus sacrifícios me satisfizeste, mas me deste trabalho com os teus pecados, e me cansaste com as tuas iniquidades”. Em Malaquias as ofensas giram em torno da rejeição cínica do governo moral de Deus e o contínuo espírito insolente que constantemente coloca Deus à prova.

André Santos
Administrador do blog

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