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Ao Senhor pertence a salvação. Jonas 2:9  

BBC Brasil - Primeira página

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Carta a Igreja em Sardes

A Importância do Livro:

As Escrituras do Novo Testamento seriam incompletas, deixariam os leitores em um estado de ânimo mais ou menos depressivo, se este livro não fosse escrito e incluído no Cânon. Ele não é somente o último livro no arranjo canônico de nossa Bíblia, mas é necessariamente a conclusão das revelações divinas ao homem. Aqui encontramos a certeza e o cumprimento das promessas feitas pelo Senhor Jesus Cristo.

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Interpretações de Apocalipse em quatro grupos:

Os preteristas entendem o livro exclusivamente da perspectiva do séc. I, declarando que a maior parte de seu acontecimento já se passou.
Os historicistas entendem que diz respeito a longa cadeia de acontecimentos que vai de Patmos até o fim da história.
Os futuristas situam o livro, sobretudo nos tempos do fim.
Os idealistas consideram-no um conjunto de quadros simbólicos de verdades perpétuas como a vitória do bem sobre o mal.

Vamos relembrar!

1º Éfeso: uma igreja doutrinariamente sólida e ativa, ainda que seu amor tivesse ficado frio. É perigoso permitir que nosso serviço a Deus se torne mecânico e ritual; o primeiro mandamento é amar a Deus com todo o coração. Quando uma igreja deixa de amar a Deus ela prejudica sua relação com ele.

2º Esmirna: esses irmãos estavam sofrendo perseguição e dificuldades econômicas, quem aqui não lembra de Policarpo de Esmirna e sua famosa frase, mas Deus estava orgulhoso deles. O mito que a fidelidade a Deus sempre traz prosperidade e termina o sofrimento é falso.

3º Pérgamo: esse grupo permanecia fiel mesmo quando um membro foi martirizado, mas tinha um grande problema: tolerava o ensino de falsas doutrinas que encorajavam idolatria e imoralidade. O Senhor ameaçou fazer guerra contra ele.

4º Tiatira:
 essa congregação estava procedendo bem de todos os modos (2:19), mas foi criticada pelo Senhor porque aceitava uma mulher "que a si mesma se declara profetisa" que promovia pecado sexual. As igrejas têm que rejeitar os membros que encorajam o pecado (Tito 3:10-11).

Texto para leitura
Apocalipse 3.1-6

 Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.
 Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus.
 Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti.
 Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas.

 O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Introdução a Carta

Os longos séculos de trevas morais e espirituais, do período de Tiatira (538-1517), deveriam dar lugar a um grande movimento de reforma, e isso aconteceu com a chegada do período simbolizado por Sardes (1517-1798). Nesse período tivemos homens como Lutero, Knox, Calvino, Zuínglio e outros, trouxeram o povo de volta à Palavra de Deus, a Bíblia.

O marco deste retorno pode ser datado em 31 de outubro de 1517, quando Martinho Lutero afixou na porta do castelo de Wittemberg, as 95 teses contra as vendas de indulgências, marcando assim o inicio da Reforma Protestante.

Castelo de Wittenberg

 


Curiosidades!

Abrangência/época: De1517 a 1750 (Ap 3.1-6).
Significado Hebraico: Aqueles que escapam ou Remanescente.
Fato crítico: Tem fama de igreja avivada, mas está morta – v1.
Elogio: Pessoas que não se contaminaram – v4.
Exortação: Vigiai – v5.
Galardão ao que vencer: Andarão de branco com o Senhor – v5.
Significado histórico: Igreja Remanescente.
Vamos Refletir um pouco!

Sardes: essa igreja tinha grande reputação, mas a realidade desmentia o nome. Não podemos descansar sobre nosso passado. A igrejas vivem por causa de seu atual serviço a Deus.

Vejamos alguns textos:

Oséias 6.3
Filipenses 3.13-14
Genesis 19.24-26

Aquele que tem os sete Espíritos de Deus: Sete representa a totalidade e a perfeição divina. Diante do trono de Deus, “ardem sete tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus” (4:5). Os sete olhos do Cordeiro “são os sete Espíritos de Deus enviados por toda a terra” (5:6). Deus sabe tudo e vê tudo (veja 2 Crônicas 16:9). Nada em Sardes seria escondido de Jesus. 
As sete estrelas: Jesus não somente vê, ele também controla. Ele segura o mensageiro da igreja na sua mão direita (1.16-20). Pode ver, julgar e até castigar conforme a sua infinita sabedoria. 
Conheço as tuas obras: Como nas outras cartas, aquele que estava no meio dos candeeiros conhecia perfeitamente as obras e os corações das igrejas.

Quem era Sardes?

Fundada em 700 a.C, a cidade de Sardes, que em hebraico significa: “aqueles que escapam” ou “remanescente”, era a capital do reino da Lídia na Ásia Menor. Localizada a 80 Km do leste de Éfeso, a cidade, situada sobre um alto monte, ficava na junção de cinco estradas principais. Possuía um bem sucedido centro comercial, e era conhecida pela sua confecção de lã branca. A padroeira da cidade era a deusa Ártemis, cujo culto era fundado na reencarnação. Para a cidade havia um único caminho de acesso: um pequeno corredor muito estreito. Isso fazia com que Sardes tivesse certa segurança, denotando arrogância, orgulho, e jactância. Mesmo assim, duas investidas, em 549 e 218 a.c, acabaram com essa presunção.


Edificada sobre um promontório a 500 metros acima do nível do mar, quase inconquistável, Sardes teve um passado de glória, chegando a ser capital do reino de Lídia, e sinônimo de prosperidade e sucesso. Era uma grande fabricante de roupas de lã, próspera em comércio de produtos oriundos da agricultura. Em Sardes a deusa Ártemis era cultuada. Assim como em Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira, o Evangelho pode ter chegado naquela cidade através da obra missionária de Paulo (Atos 19.10), mas não devemos descartar a hipótese de que testemunhas e convertidos no dia de Pentecostes poderiam ter sido os primeiros a levar o Evangelho para aquela região (Atos 2.5-11).

Sardes Cidade Baixa

"Ao anjo da igreja em Sardes escreve... Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morta Sê vigilante, e confirma os restantes, que estão prontos para morrer:. Porque eu não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. Lembra-te, portanto, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e se te arrependeres. ... Se não vigiares, virei a ti como um ladrão "(Ap 3.1-3 )

Templo de Artemis





Artemis era a deusa principal da cidade e do templo a ela dedicado em Sardes foi um dos sete maiores templos gregos (mais que o dobro do tamanho do Partenon). Era filha de Zeus e gêmea de Apolo. Ela era a deusa da caça, da lua e da fertilidade.





Ginásio com Sauna




O complexo tinha mais de cinco hectares de tamanho e a parte ocidental era caracterizada por grandes salões abobadados para banhos. A parte oriental era um espaço para palestras, um grande pátio aberto para o exercício.




A Sinagoga





Em tamanho, é uma das maiores sinagogas antigas. No local em que se encontra no centro urbano, em vez de na periferia como era habitual para as sinagogas. Isso comprova a força e a riqueza da comunidade judaica na cidade.




Cartão postal do início do século XX, escavações revelaram as colunas do templo de Cibele:


 A Acrópole

Conhecida biblicamente como a casa da igreja, que recebeu a quinta das cartas para as sete igrejas do Apocalipse, Sardes era a capital do império lídio e uma das maiores cidades do mundo antigo.

Localizado às margens do Rio Pactolo, Sardes estava a 60 milhas para o interior de Éfeso e Esmirna. A cidade foi a casa do bispo Melito famoso no século 2.

Quem era ele?

“...Ao anjo da igreja”.
Nada se sabe acerca desse anjo (pastor) da igreja em Sardes, exceto aquilo que poderia ser depreendido do presente texto. Pelo uso da expressão: “tens nome de que vives” dá a entender sua grande popularidade. A História Eclesiástica menciona um “anjo” muito famoso dessa igreja, mas sua estada ali se deu no século II, e não no primeiro; seu nome era Melito. Melito, o Bispo de Sardes, do século II d.C., é mencionado três vezes na “História Eclesiástica” de Eusébio. Melito escreveu uma apologia, dirigida ao imperador romano, em defesa da fé cristã. Ele foi um crente intenso, dotado de grande poder e autoridade na sua geração.

Vamos ao texto
Apocalipse 3.1-6

Apocalipse cap. 3.1
Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.

Tudo indica que Melito foi um homem corajoso e determinado. De fato, ele escreveu uma Apologia dos cristãos — uma das primeiras de que há registro — dirigida a Marco Aurélio, imperador romano de 161 EC a 180 EC. Melito não tinha medo de defender o cristianismo e de denunciar homens perversos e gananciosos. Esses homens procuravam obter várias ordens imperiais como desculpa para perseguir e condenar injustamente os cristãos, a fim de roubarem seus bens.

Apocalipse cap. 3.2
Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus.

Embora o pastor de Sardes estivesse sendo classificado como “mortos” a vista de Deus, esta dupla ordem de Jesus Cristo nos deixa entrever que ainda, na sua vontade, Ele tenta um derradeiro esforço para salvar o restante. Porém, a parte da pregação, deveria fazê-la o pastor. É óbvio, diz M. S. Novah que alguns havia na igreja que ainda tinham um pouco de vida espiritual. Daí Jesus haver dito: “...confirma os restantes, que estavam para morrer”. A recomendação de Cristo é urgente, e ordena livrar “os que estão destinados à morte”. A expressão “confirma” depreendida do texto em foco, não significa: confirma sua morte, mas, confirma sua fé (cf. At 14.22).

Apocalipse cap. 3.3
Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti.
Sem nenhuma oportunidade de aviso prévio. As Escrituras que falam da Vinda (Parousia) de Cristo, como um ladrão, são: *Mt 24.53; Lc 12.38; 1Ts 5.2, 4; Ap 3.3; 16.15). A expressão: “como um ladrão de noite” em (2Pd 3.10), não se aplica à segunda Vinda de Cristo, mas ao “dia do Juízo Final”, e expurgação de céus e terra. A palavra “ladrão”, com esse sentido, no grego hodierno é Kleptós, indica alguém que normalmente não rouba com violência, mas que obtém sucesso com suas habilidades imprevisíveis, em contraste com outro vocábulo, “Lestes”, que significa “assaltante”, aquele que se apossa do alheio por meio da violência.

Apocalipse cap. 3.4
Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas.

Esse “andar” referido no presente texto, é presente e escatológico, isto é, em companhia de Cristo em todos os tempos (cf. Ec 9.8). Durante toda História de Israel, Deus preservou para Sl um “remanescente”, e durante toda História da Igreja aqui na terra, o mesmo acontecerá. “O remanescente de Israel não cometerá iniqüidade, nem proferirá mentira, e na sua boa não se achará língua enganosa; Porque serão apascentados, deitar-se-ão, e não haverá quem os espante” (Sf 3.13). Verdade é que nem todos em Israel e na Igreja, andariam de branco com Jesus, mas “alguns”. É esta reserva moral que durante todos os períodos de apostasia é louvado pelo Senhor (cf. 1Rs 19.18; Is 1.9; Ez capítulo 9; Rm capítulo 11).

Apocalipse cap. 3.5
O vencedor será vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.

A presente passagem lembra o que disse Jesus a seus discípulos: “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10.32). Isto é, “testificar que pertence a Mim”.

Apocalipse cap. 3.6
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

“... Quem tem ouvidos”. ?A presente recomendação da parte de Cristo é feita também nos Evangelhos (Mateus e Marcos), sobre a forma: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Mt 13.9, 43 e Mc 4.23, etc). No texto em foco, a recomendação é feita a todas as igrejas, e se repete nos capítulos 2 e 3 por sete vezes (2.7, 11, 17, 29; 3.6, 13, 22). Os “ouvidos” de um homem são a sua sensibilidade espiritual, e o seu “ouvir” é o uso dos meios espirituais que produzem mudanças em seu íntimo, conforme se vê exigido nas advertências e promessas anteriores.

Conclusão

Novamente, Cristo enfatiza a importância de que os leitores do livro do Apocalipse ouçam e entendam. A mensagem contida nesta carta também é para você.

Fontes:
Estudos Bíblicos – Professor Gerson Júnior (As Sete Igrejas do Apocalipse)

Comentários Expositivos:

William Barclay, Dwight L. Moody, Comentário Bíblico da NVI e Wesleyana.

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